
Sinto que sou consumado por uma mistura de sentimentos, onde alguns são controláveis e outros parecem estar desgovernados em direção ao desconhecido do qual não posso fugir ou impedir.
Ela enlouquece, torna dependente, corrói, machuca, chega a ser insano em determinados momentos. É como se morresse um pouco a cada dia por não senti-lo, por não saber o que ou como é. Parece ser impossível alcançá-lo, um estado utópico ao qual parece ser inatingível. Sinto-me nada, como se uma sombra me observasse, tantas indagações, planos, muitas vezes sem metas mas com objetivos que podem ser subjetivos aos olhos de quem não os sente.
A saudade me domina, uma que não há explicação, como sentir algo que a realidade parece não concordar fazendo com que o vazio se torne crescente sem fórmula para uma pausa breve. O calor e frio tomam conta sem decidir qual será o vencedor desta batalha interminável, mas que há um caminho para o fim onde somente os sábios sabem guiar e quando ela não cabe no peito transborda nos olhos fazendo fluir diversos sentimentos trancados no mais profundo silêncio.
Vejo as estrelas se apagarem, e a luz tomar conta do meu humilde recinto deixando-o mais triste, perdendo aquele brilho noturno que fazia sentir-me iluminado perante a madrugada fria e o vento que assopra na janela.